A publicidade digital está passando por uma mudança frente às novas exigências de privacidade e segurança, criando uma oportunidade única para empresas de varejo terem uma nova frente de negócios: o Retail Media. Marcas importantes já estão investindo nessa frente e os varejistas começaram a se estruturar para atender essa demanda.
A Head Comercial da LiveRamp, Thaissa Gentil, explicou o papel crucial da colaboração e inteligência de dados na transformação do mercado de Retail Media no Brasil.
“O crescimento do retail media nos últimos meses foi avassalador. As indústrias anunciantes já entenderam o poder que a colaboração de dados oferece e estão buscando os melhores parceiros para levar a suas campanhas para um outro patamar. O varejista que não estiver preparado para entregar inteligência de dados, audiências qualificadas e insights poderosos para CPGs irá perder uma grande oportunidade”, afirma Thaissa.
A partir do investimento em tecnologias de análise mais avançadas e do desenvolvimento de parcerias estratégicas é possível chegar a uma compreensão muito mais profunda acerca do comportamento de clientes e a partir disso, se concentrar em estratégias de personalização e segmentação mais sofisticadas.
Além de gerar campanhas publicitárias mais eficazes e experiências de compra mais relevantes para os shoppers, o Retail Media permite, por exemplo, a criação de campanhas omnichannel mais inteligentes, que unem vários canais de vendas e marketing, como lojas físicas, comércio eletrônico, mídia social e aplicativos móveis.
Desafios
No entanto, para ela, os desafios no compartilhamento e integração de dados dentro do ecossistema do Retail Media não podem ser ignorados. Thaissa Gentil menciona questões como privacidade e segurança de dados, interoperabilidade entre sistemas, garantia de qualidade e consistência dos dados, fragmentação do ecossistema e desafios de medição e atribuição de resultados de campanhas como alguns dos obstáculos a serem superados.
Segundo Thaissa, a estruturação de uma operação de Retail Media passa por etapas claras: “O primeiro passo é adotar uma tecnologia que garanta a privacidade e segurança dos dados e a partir daí enriquecer a qualidade dos dados, escolher os parceiros para a colaboração de dados e fechar o ciclo com a mensuração detalhada.”
Ao adotar abordagens colaborativas e inteligentes de dados, as marcas e varejistas brasileiros estão colhendo benefícios tangíveis, incluindo ROI acima da média e altas taxas de conversão. “Esses resultados são medidos e quantificados por meio de análises detalhadas, demonstrando a eficácia de uma abordagem baseada em dados colaborativos”, explicou Thaissa.